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Foto do escritorJoana Marta Simões

Perturbações do comportamento alimentar na infância e adolescência


Sabia que as Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) ocupam o primeiro lugar no que diz respeito à taxa de mortalidade de perturbações de saúde mental?

As PCA têm um impacto muito profundo aos níveis emocional, social, físico e mental dos pacientes. De início habitual no final da adolescência / início da adultez, muitos sinais das PCA podem surgir mais precocemente, por exemplo no final da infância / início da adolescência.

Efetivamente, nos últimos anos, a taxa de desenvolvimento de PCA em idades precoces (abaixo dos 12 anos) tem sofrido um aumento. Quando não diagnosticada atempadamente, nesta faixa etária, além do impacto emocional que uma PCA pode implicar, poderá haver um impacto físico irreversível, tendo em conta que é uma faixa etária em que o desenvolvimento físico representa um componente muito importante da existência das crianças e adolescentes.


De notar que os sinais precoces de uma PCAs podem ser bastante subtis e facilmente confundidos com simples desejos de conformidade em relação a regras sociais / de grupo. Porém, dada a perigosidade associada a estas perturbações, é fundamental que pais e cuidadores e outros agentes educacionais estejam atentos a alguns sinais que poderão marcar o desenvolvimento de uma PCA. Não sendo necessário que a criança ou o adolescente se mostre focado no seu peso ou imagem corporal para poder sofrer de uma PCA, esta também não precisa de cumprir todos os critérios para poder beneficiar de intervenção adequada.


Alguns sinais precoces a que deve prestar atenção são:

Sinais comportamentais

  • aversão a determinadas texturas e sabores (infância);

  • “birras” (infância);

  • redução das porções de comida ingerida;

  • exercício excessivo;

  • comportamentos alimentares pouco usuais, como cortar a comida em pedaços pequenos, insistência em usar determinados pratos ou talheres para se alimentar;

  • interesse marcado em cozinhar com recusa de consumir o que confeccionam;

  • comer sozinho ou em segredo;

  • esconder ou acumular alimentos;

  • passar a usar roupas largas;

  • ir ao WC imediatamente após refeições;

  • comer em quantidade sem ganho de peso;

  • pesarem-se frequentemente;

  • isolamento social;

Sinais psicológicos:

  • alterações de humor;

  • medo marcado de dores abdominais, dores “de barriga” (infância);

  • preocupação acerca da imagem corporal;

  • comparação baseada na aparência constante e/ou obsessão com aparência de outros;

  • stress marcado na hora das refeições;

  • insónia;

Sinais físicos:

  • dores abdominais;

  • movimentos intestinais excessivos;

  • sentir frio;

  • cansaço;

  • perda de peso ou ganho de peso marcados;

  • crescimento lentificado;

  • queda de cabelo;

  • atraso na puberdade;

  • obstipação ou problemas de digestão;

  • crescimento de pelos finos no corpo - “lanugo”, sobretudo nas costas e ombros;

  • problemas dentários;

  • mau hálito;

  • lesões nos nós dos dedos;

Contacte o seu pediatra, médico de medicina geral ou profissional de saúde mental no caso de identificar sinais como os apresentados na criança/adolescente que cuida. A idade de detecção de uma PCA e de início de intervenção é boa preditora do sucesso do tratamento, associando-se a um bom prognóstico em termos do desenvolvimento e funcionamento das crianças ou adolescentes.

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