Em Agosto, a Holanda cobriu-se com as cores do arco-íris.
De 31 de Julho a 8 de Agosto, em Amsterdão, aconteceram vários eventos em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBT+. A Pride Amsterdam é descrita como um festival para celebrar a liberdade de poder ser quem você é e amar quem você quiser.
Em tempos de grandes avanços científicos, a sociedade ainda se vê imersa em questões como o preconceito contra a orientação sexual dos cidadãos. Nesse sentido, o Movimento LGBT+ luta por questões muito importantes para a sociedade.
O Movimento LGBT+ é representado pela bandeira do arco-íris, sendo um dos símbolos mais conhecidos em todo o mundo. Para além da representação da cultura LGBT+ e dos seus direitos, a bandeira do arco-íris também representa paz, sendo usada na Segunda Guerra Mundial como símbolo da esperança numa nova era.
Sabe como é que a bandeira do arco-íris se tornou o símbolo do movimento LGBT+? Continue a ler este artigo para descobrir.
Quem criou a bandeira arco-íris para o movimento LGBT+
Uma bandeira é um símbolo visual representativo de um povo. A bandeira com as cores do arco-íris surgiu no ano de 1978, criada pelo artista norte-americano Gilbert Baker. Na década de 1970, em São Francisco, Califórnia (Estados Unidos da América), o movimento homossexual aumentava a sua expressão e os militantes queriam um símbolo que transmitisse esse entusiasmo. Harvey Milk (o primeiro político homossexual eleito nos Estados Unidos da América) desafiou o amigo e artista Gilbert Baker a criar esse símbolo.
Baker criou a bandeira originalmente com oito cores e ela foi exibida pela primeira vez em 1978 no Dia da Liberdade Gay de São Francisco. Cada uma das cores representava um aspecto diferente da humanidade. Especula-se que o artista inspirou-se na canção “Over the Rainbow” e no movimento hippie, em que o arco-íris era um símbolo de paz e harmonia, para criar o símbolo. Trinta voluntários participaram na produção das primeiras bandeiras, tingindo-as à mão e costurando as duas primeiras bandeiras para o desfile.
A bandeira LGBT+ e suas cores
Atualmente a bandeira do arco-íris é composta por seis linhas horizontais de seis cores diferentes. Embora lembre o fenómeno natural do arco-íris, as cores têm outro sentido.
Os significados das cores da bandeira são: vida (vermelho); cura (laranja); sol (amarelo); natureza (verde); harmonia (azul claro) e espírito (lilás). Os diferentes significados atribuídos às cores da bandeira tem o objetivo de definir a cultura, os interesses e todo o movimento LGBT+. A versão original do símbolo contava com oito cores (além das mencionadas ainda havia rosa e azul escuro (índigo), representando, respectivamente, a sexualidade e a arte).
Inclusão e Respeito
O criador da bandeira, Gilbert Baker, em entrevista ao Museu de Arte Moderna de Nova York explicou que a escolha de uma bandeira como símbolo para o movimento foi intencional. Ele afirmou: "Decidi que tínhamos de ter uma bandeira, que uma bandeira nos encaixasse num símbolo, o de que somos pessoas, uma tribo". O artista disse que queria transmitir a ideia de diversidade e inclusão, usando as cores como representação da diversidade humana. O arco-íris foi escolhido e estilizado para esse símbolo por ser "algo da natureza para representar que nossa sexualidade é um direito humano".
A diversidade representada na bandeira também encontramos na sigla LGBT+ que tem como principal objetivo promover a diversidade cultural a partir da identidade sexual e de género. A sigla LGBT+ é utilizada para se referir a qualquer pessoa que não se enquadra como heterossexual ou cisgénero.
Mesmo com toda a visibilidade no mundo, o movimento LGBT+ ainda encontra obstáculos frente aos governos e a sociedade civil para conseguir garantir os direitos mais básicos para as Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. Entre os direitos está o respeito. O respeito é um dos valores mais importantes do ser humano e tem grande importância na interação social. É um sentimento que faz com que uma pessoa trate outra com profundo zelo, consideração, atenção, afeição, apreço ou cortesia.
A data de 28 de Junho é considerada o Dia Internacional do Orgulho LGBT+ sendo celebrado em vários países com festivais e desfiles. É celebrado em homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade gay pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn em 1969. A rebelião durou 6 dias e marcou a revolta da comunidade LBGT+ contra uma série de invasões, prisões e represálias da polícia de Nova York aos homossexuais.
Para além do arco-íris
A maioria das pessoas está ciente que a bandeira do arco-íris funciona como um símbolo de "guarda-chuva"para todo o movimento LGBT+ . O que muitos não sabem é que existem bandeiras de orgulho para inúmeras orientações, identidades e outras subculturas sexuais e de género. E desde o início do movimento, há a bandeira dos apoiantes - todos os heterossexuais e/ou cisgéneros que acreditam no direito a sexualidade, na diversidade e que apoiam o movimento LGBT+.
Em 2015, o Museu de Arte Moderna de Nova York adquiriu a bandeira original, usada no Dia da Liberdade Gay de São Francisco em 1978, para a sua coleção de obras, chamando-a de "poderoso marco histórico do design".
Uma curiosidade interessante: Baker não registou a sua obra, já que foi feita com a ajuda de outras pessoas. Desde o início, a bandeira pertenceu à comunidade LGBT+ :)
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