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Foto do escritorAndreia Martins

Nomofobia - Serei dependente do meu telemóvel?

Atualizado: 10 de set. de 2021


Imagine a seguinte situação:

O seu telemóvel está em cima da mesa, com o visor para baixo, ao lado do computador. Num gesto automático habitual, pega nele - "haverá alguma nova notificação que não tenha feito o telemóvel vibrar e que eu não notasse"?. O pensamento com a dúvida é rápido, automático, é difícil quase de o perceber.


Outra situação:

Está fora de casa e traz o telemóvel no bolso. Pergunta-se a si mesmo que horas serão e retira o telemóvel do bolso para descobrir. Desbloqueia-o e repara imediatamente no pequeno símbolo da bateria no canto superior direito: está vermelho! Praticamente vazio! Como se sente naquele preciso instante?




O que é a Nomofobia?



Nomofobia é uma palavra derivada da expressão inglesa "no mobile phone phobia".

Uma fobia ("phobia") é um medo irracional e/ou exagerado; "nomo" é uma abreviação dos termos ingleses "no mobile", ou seja, "sem telefone/telemóvel". A nomofobia pode, portanto, ser definida como uma fobia de estar/ficar sem telemóvel.


Se está atento ao nosso blog, deverá ter-se cruzado com um artigo recente que explora o tema "FoMO - Medo de ficar de fora", ou seja, o medo de não saber o que está a acontecer no momento, seja com amigos, conhecidos, pessoas que segue em geral ou simplesmente o que está a acontecer no mundo. Este medo poderá estar envolvido no surgimento da nomofobia, por uma necessidade de se manter sempre conectado ao mundo online no sentido de evitar o sentimento de FoMO, o sentimento que está a perder alguma coisa importante.


A nomofobia relaciona-se com um tipo de adição/vício que foi surgindo ao longo dos anos e que está relacionada com o facto de os telemóveis, assim como outros aparelhos eletrónicos, se terem tornado cada vez menores, mais portáteis e com constante acesso à internet.

Já notou a importância deste facto? O que ele implica?

Isto significa que uma pessoa em (praticamente) qualquer lugar do mundo, a cada segundo que passa (!), se encontra contactável e localizável e, para além disso, tem a possibilidade de saber e ver o que está a acontecer em qualquer outro canto do mundo em tempo real, naquele preciso instante.

Como não ficar assoberbado pela absorção gigante de informação e pelos "E se(s)...?" que o afastamento das redes sociais pode induzir a surgirem na nossa mente? Como não recear que se esteja a perder algo importante?

Normalmente a nomofobia é identificada principalmente em pré-adolescentes e adolescentes, já que são quem mais consome este tipo de tecnologia e que permanecem mais tempo nas redes sociais. Mas, o consumo está cada vez mais difundido por várias gerações e condições económicas e sociais, o que nos leva a perspectivar uma prevalência generalizada deste medo.




Sinais de Nomofobia


Mesmo não sendo (pelo menos, ainda) considerada uma perturbação psicológica, existem alguns sinais que podem ajudar a identificar se tem nomofobia, como:

  • Sentir ansiedade quando se fica muito tempo sem usar o telemóvel

  • Necessitar de fazer várias pausas no trabalho para usar o telemóvel

  • Nunca desligar o telemóvel, mesmo para dormir

  • Acordar a meio da noite para ir ao telemóvel

  • Carregar frequentemente o telemóvel para garantir que tem sempre bateria

  • Ficar muito chateado quando esquece o telemóvel em casa

  • Verificar o telemóvel frequentemente para ver se tem notificações

  • Sentir ansiedade quando está num ambiente sem conexão à internet

  • Levar o carregador de telemóvel consigo para todo o lado

Além disso, outros sintomas físicos que parecem estar associados aos sinais de nomofobia são os de qualquer perturbação aditiva (vício), como o aumento do batimento cardíaco, sensação de transpiração excessiva, agitação motora, inquietação e respiração acelerada.



Como evitar a dependência


Para tentar combater a nomofobia existem algumas orientações que podem ser seguidas todos os dias:

  • Ter vários momentos durante o dia em que não se está com o telemóvel e se dá preferência a conversas em pessoa

  • Diminuir progressivamente o uso do telemóvel (por exemplo, limitando o tempo de exposição às redes sociais)

  • Não utilizar o telemóvel nos primeiros 30 minutos após acordar e nos últimos 30 minutos antes de dormir

  • Colocar o telemóvel a carregar num local longe da cama

  • Desligar o telemóvel durante a noite


Conecte-se consigo e procure perceber o que lhe traz verdadeira satisfação. Fácil, tranquila.

Não será quando vive fora do seu telemóvel, junto das coisas mais simples?

Muito mais simples do que saber quem está a fazer a viagem mais extraordinária pelo mundo ou a conduzir o carro da última gama da Mercedes, não é verdade?


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