Peter Gotzsche
Ao longo dos últimos anos vários estudos científicos tem revelado os efeitos nefastos da medicação psicotrópica, vem à tona novamente o mesmo tema pelo médico dinamarquês Peter Gotzsche.
Professor na Universidade de Copenhague e um dos que ajudaram a fundar a Cochrane (rede de cientistas que investigam a efetividade de tratamentos), ele acaba de lançar o livro “Medicamentos Mortais e Crime Organizado – Como a industria farmacêutica corrompeu a assistência médica” (Bookman Editora).
Recém traduzida para o português, a obra tem causado alvoroço no meio médico.
As drogas psicotrópicas têm provocado muitos danos aos pacientes e podem se tornar ainda piores quando eles tentam interrompê-las porque aparecem os sintomas da abstinência, mas os psiquiatras muitas vezes negam isso. Eles aprenderam com a industria farmacêutica que nunca devem culpar a droga, mas sim a doença.
Um tema preocupante para a população em geral mas especialmente para aquele grupo de pessoas que não tem conhecimento de tal informação e insistem em pedir medicação para atenuar a angustia, ansiedade, stress… A questão aqui é muito simples, existe sim a necessidade de recorrer aos psicotrópicos em situações de caracter grave e crónico mas nos casos em que começam apenas por alguns desequilíbrios emocionais nada mais sensato do que recorrer ao psicólogo e pedir a sua ajuda no sentido de perceber o desequilíbrio emocional sentido.
A informação existente entre a relação, psicologia e loucura/maluqueira ainda é muito estigmatizada, ou seja, criou-se uma ideia errada acerca de quem vai consultar um psicólogo. só vai quem está maluco, doido, louco, insano, demente…. etc.
É mentira, a psicologia é o estudo científico dos processos mentais e do comportamento do ser humano e as suas interações com o ambiente físico e social.
Em que o paciente expõe as suas dificuldades de um modo franco e livre, assim como recordar e abordar memórias dolorosas da sua história de vida.
Com base no conhecimento teórico do desenvolvimento psicológico, o psicoterapeuta formula intervenções (interpretações, reformulações, confronto, etc.), que ajudam o paciente a tomar consciência da origem dos seus problemas e a elaborar e lidar de um modo mais adaptativo com situações dolorosas do passado ou do presente da vida do paciente.
Deste modo, a psicoterapia promove alterações do comportamento e aumento do auto-conhecimento, leva a uma maior adaptação pessoal e social e aumenta a liberdade interior.
Existem diversos tipos de psicoterapia, que diferem quanto aos objectivos a atingir, que podem ir desde o reforço de mecanismos de defesa adaptativos e a promoção do crescimento através do reforço de aspectos positivos da personalidade, a mudanças de comportamento focalizadas e, até, à reorganização da própria estrutura de personalidade.
As psicoterapias também podem variar relativamente à frequência das sessões e duração do tratamento. A frequência é acordada entre paciente e psicoterapeuta, de acordo com as necessidades do paciente. De um modo geral, as sessões são bissemanais, semanais ou quinzenais.
Pressupõe com isto informar a sociedade contemporânea dos perigos que correm ao iniciarem ou manterem tratamentos psicotrópicos sem antes consultarem um psicólogo/psicoterapeuta.
Com a psicoterapia resolve situações clínicas psicopatológicas diversificadas, nomeadamente, perturbações do humor e da ansiedade e perturbações de personalidade e do comportamento.
Também pode ser aplicada a uma diversidade de situações clínicas em que se verifique sofrimento emocional e dificuldades de adaptação à vida, nomeadamente, crises desenvolvimentais, luto e divórcio.
A psicoterapia constitui uma experiência enriquecedora, que promove o desenvolvimento pessoal, emocional e relacional, pelo que também pode ser útil a quem pretenda aumentar o auto-conhecimento e reflectir acerca de si próprio, das suas emoções e relacionamentos.
Assertividade e equilíbrio a partir de uma atitude simples, coerente e inócua de substancias químicas nefastas.
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